Sombra

Assembleia Histórica do ASUFPel-Sindicato: Categoria em Greve a partir de 18 de março!

Terça-feira - 12 de março de 2024

Assembleia Histórica do ASUFPel-Sindicato: Categoria em Greve a partir de 18 de março!
 

Na tarde do dia 11 de março de 2024, com expressiva participação da categoria, foi realizada Assembleia-Geral (AG) dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) de Pelotas e Capão do Leão/RS, tendo como única pauta a deflagração de greve. A atividade foi coordenada pelos dirigentes do ASUFPel-Sindicato Ari Carré (Coordenador Administrativo e Financeiro), Antonio Azambuja (Coordenador-Geral) e Mara Beatriz Gomes (Coordenadora-Geral). E também contou com participação da Assessoria Jurídica da entidade (Advogado Jair Mayer), que dirimiu dúvidas sobre funcionamento da greve, serviços essenciais e as negociações realizadas ao final da sobre sobre a reposição do trabalho represado.
 

A discussão sobre a greve remete ao movimento nacional convocado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA Sindical), no curso da campanha de negociação com o Governo Federal por reestruturação de carreira, recomposição das perdas inflacionárias (03 parcelas de 10,34% entre os anos de 2024 a 2026) e reposição do orçamentos das instituições federais de ensino, dentre outras pautas. No último sábado (09/03), a Plenária Nacional da FASUBRA ratificou, com 96% dos votos, o indicativo de greve, a contar 11 de março de 2024, frente a um contexto em que 32 universidades já estavam com deflagrada para o dia 11 de março; outras 18 fariam assembleia no dia 11 de março; 04 entidades fariam assembleia no decorrer desta semana; e 12 instituições ainda não haviam se manifestado.
 

No plano local, durante a assembleia, os TAEs representados pelo ASUFPel-Sindicato  discutiram sobre o cenário político-econômico nacional, e os desafios que essa conjuntura implica em relação às demandas de reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e de recomposição salarial. As falas dos/as participantes refletiram um misto de orgulho pelo Sindicato que representa a categoria e a determinação em lutar por seus direitos. Diversos depoimentos enfatizaram a importância de engajar-se na greve e fazer valer suas reivindicações.
 

Após valiosas discussões, a assembleia chegou a importantes deliberações:

  • Deflagração de Greve: Por ampla maioria, foi decidido pela deflagração da greve do TAEs lotados na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a partir do dia 18 de março de 2024. 173 votos favoráveis, 04 votos contrários e 06 abstenções.
     
  • Pauta da Greve: Foi ratificada a pauta aprovada pela FASUBRA, que engloba diversas demandas, tais como reestruturação do PCCTAE (com reposição das perdas inflacionárias),  recomposição orçamentária das instituições de ensino superior, revogação de normativas prejudiciais ao direito de greve, a implementação da jornada de trabalho de 30 horas para todos, entre outras reivindicações essenciais para os TAEs.
     
  • Fundo de Greve: Também por ampla maioria, foi aprovado o Fundo de Greve, recurso essencial para manter a mobilização durante a greve.
     
  • Constituição das Comissões de Greve: Comando Local de Greve, Comunicação, Finanças, Ética e Mobilização. A instalação das comissões será divulgada nas redes sociais do Sindicato e ocorrerá durante no curso desta semana a fim de organizar o movimento grevista que inicia dia 18/03.
     

Com a adesão à greve, os TAEs da UFPel demonstram sua disposição em lutar por melhores condições de trabalho e reconhecimento de suas funções. A greve é um instrumento legítimo de protesto em busca da valorização social do trabalho. Assim, a categoria reafirma seu compromisso com a luta pelos seus direitos e convoca todos/as os trabalhadores/as a se unirem neste importante movimento.
 

Ao final da assembleia, a Coordenação do Sindicato orientou que os/as trabalhores/as que aderirem à greve para que comuniquem a deliberação ao Sindicato (prefencialmente com o quantitativo por setor), de modo o informe seja encaminhado à Administração Universitária em caráter institucional, a fim de reduzir eventuais tensionamentos com chefias. A Coordenação também orientou que ocupantes de cargo de direção (CD) e função gratificada (FG) que aderirem ao movimento paredista não entreguem seus CDs e FGs, pois, assim como os demais trabalhadores/as (inclusive quem se encontra em estágio probatório e no regime de PGD), eles também podem exercer o legítimo direito de greve.
 

ASUFPel 44 Anos – Uma História de Lutas.